A gente sempre está pensando em qual o próximo passo na carreira para o desenvolvimento profissional, não é? Fazer um curso de línguas, estudar sobre persuasão para atender clientes de maior complexidade, desenvolver soft skills para ser um bom líder, e por aí vai.
Mas além dessas habilidades, para poder alçar novos voos profissionais e ser feliz de fato com a atuação escolhida, é preciso se desenvolver pessoalmente.
O equilíbrio entre desenvolvimento pessoal e profissional é a tal da receita para o sucesso, afinal, ninguém é só uma coisa. Imagine a seguinte situação ?
Uma empresa quer contratar um líder de TI e tem dois candidatos. Um é especialista na área, entende tudo sobre o assunto mas saiu do seu último emprego por problemas de relacionamento, deixou claro que não gosta de trabalhar em equipe e que entende que cada um precisa resolver seus próprios problemas.
Já o outro tem conhecimento técnico mediano, mas se destacou em outros cargos de gestão por habilidades interpessoais, gosta de conversar para resolver problemas e enxerga força na equipe. Quem você escolheria?
Não só de habilidades técnicas se faz um bom profissional, as habilidades adquiridas através do desenvolvimento pessoal também contribuem para a construção de uma carreira de sucesso.
No exemplo anterior, a empresa teria que escolher entre investir no desenvolvimento pessoal do candidato 1 ou no desenvolvimento profissional do candidato 2 — usualmente, a segunda opção é a mais segura, afinal, um líder precisa de habilidades pessoais mais fortalecidas do que as técnicas propriamente falando.
Neste artigo você vai aprender a importância do equilíbrio entre desenvolvimento pessoal e profissional e como alcançá-lo.
O que é desenvolvimento profissional?
Primeiro vamos às definições. O desenvolvimento profissional é o aprimoramento de habilidades que serão utilizadas apenas dentro de um ambiente de trabalho.
O maior entendimento técnico, o desenvolvimento de uma habilidade necessária para resolver um desafio e cursos profissionalizantes (aqui podemos citar faculdades, pós-graduações, MBAs, mestrados, entre outros) são exemplos de modos de se desenvolver profissionalmente.
Sendo assim, quando surgirem desafios técnicos, essa pessoa estará habilitada para resolvê-los, sempre buscando a forma mais estratégica e inteligente.
O que é desenvolvimento pessoal?
Por outro lado, o desenvolvimento pessoal é investir em aprimorar o ser. Mais do que ter um conhecimento avançado sobre determinado assunto, desenvolver-se pessoalmente é aprimorar o que o indivíduo é. As habilidades pessoais não são usadas exclusivamente no escritório, elas fazem parte da personalidade do profissional.
Isso não quer dizer, porém, que não podem ser adquiridas ou desenvolvidas. Entre as habilidades pessoais estão trabalho em equipe, bom relacionamento interpessoal, paciência, capacidade de resolução de conflitos, boa comunicação, entre outros.
As habilidades e dons não utilizados diretamente no trabalho podem ser considerados no desenvolvimento pessoal também. Por exemplo, uma pessoa que gosta de pintar em seu tempo livre tem isso como uma capacidade pessoal. Essa característica fará com que o indivíduo olhe de maneira diferente para as situações, com uma lógica artística por trás da construção do pensamento e criatividade para resolver problemas.
As capacidades pessoais, portanto, podem ser comportamentais e habilidades práticas que ajudam o indivíduo a se desenvolver por completo.
Desenvolvimento 360º
Dentro das empresas, o ideal é que os colaboradores sejam incentivados a equilibrar o desenvolvimento pessoal e profissional. As capacidades pessoais desenvolvidas pelas empresas dizem muito sobre a cultura do negócio. Se entre os preceitos da instituição estão justica, diversidade e respeito, por exemplo, todos os profissionais precisam ter a chance de se desenvolver nesse sentido.
Sempre falamos por aqui sobre a importância de fazer contratações levando fatores culturais em consideração, mas nem sempre o profissional ideal para vaga possui desenvolvido em sua personalidade todos os preceitos valorizados pelo negócio.
Por isso, para ajudar na adaptação dos profissionais e na manutenção da cultura, ter um programa de desenvolvimento pessoal centrado nos valores do negócio é crucial.
Quando falamos em diversidade, por mais que o indivíduo entenda as diferenças, esteja inserido dentro de algum grupo específico e respeite todas as pessoas é preciso estar em constante evolução de como agir de modo diverso.
Para desenvolver essa capacidade nos colaboradores, o negócio pode promover palestras sobre liderança feminina, racismo, tolerância religiosa, inclusão, entre outros, para ajudar no desenvolvimento dessa habilidade.
As características pessoais impactam diretamente no trabalho, uma vez que ajudam a melhorar o clima dentro do escritório, amplificando a colaboração, bem-estar e sentimento de pertencimento. Por isso, é função da empresa ajudar a desenvolvê-las.
Por outro lado, o aprimoramento constante das habilidades profissionais é essencial em um negócio. Oferecer subsídio para os colaboradores fazerem cursos técnicos, promover papos de troca de experiências e treinamentos internos ajudam os profissionais a se tornarem mais confiantes nas suas entregas.
O desenvolvimento pessoal e profissional deve ser visto como um investimento, isso porque ajuda a melhorar a qualidade dos serviços prestados e produtos vendidos, aumentando o seu valor de mercado e posicionando a empresa como referência.
Lideranças e desenvolvimento 360º
Para desenvolver as lideranças, ter esse olhar completo de habilidades técnicas e pessoais é crucial. O líder precisa ser inspirador e conseguir orientar os colaboradores pelo melhor caminho a ser seguido nos diferentes desafios do dia a dia. Sendo assim, precisa ter a capacidade técnica de achar a melhor solução e ainda a interpessoal para inspirar os seus liderados.
Dentro de uma posição de gestão contam mais as capacidades pessoais do que as profissionais, isso porque o líder precisa fazer a gestão do conhecimento dentro da equipe, mediar conflitos, inspirar, engajar e motivar seu time, entre outros.
Seguindo o exemplo que demos lá no começo do texto, se a empresa optar por contratar o líder técnico que não tem habilidades pessoais desenvolvidas, as chances de o contratado centralizar as funções em si, cobrar demais da equipe e pecar em ferramentas gerenciais, como feedback e acompanhamento, são grandes.
Agora, se o escolhido for o profissional com capacidades pessoais bem desenvolvidas, é mais fácil ele fazer um bom trabalho como líder, recorrendo aos talentos técnicos da equipe quando um desafio dessa natureza surgir.
Além disso, ele pode fazer a gestão do conhecimento, procurando soluções nos diferentes pontos de vista da equipe.
O líder ideal é o que tem as duas habilidades desenvolvidas, mas isso pode ser aprimorado com o tempo, por meio de cursos e treinamentos. O importante é ele estar disposto a desenvolver tanto seu lado técnico quanto o pessoal.
Dicas práticas para desenvolvimento profissional
A empresa pode ajudar no desenvolvimento profissional tanto das lideranças, quanto dos colaboradores, por meio de:
- auxílios e subsídios para cursos;
- incentivo à participação de eventos;
- roda de conversa para trocar experiências;
- treinamentos internos de capacitação;
- compartilhamento de conhecimento por meio dos canais da empresa.
Dicas práticas para desenvolvimento pessoal
Agora o desenvolvimento pessoal pode ser incentivado por meio de:
- subsídios a cursos que não tenham a ver diretamente com o conhecimento técnico;
- incentivo a treinamentos alinhados com a cultura da empresa;
- desenvolvimento de espaços de conversa sobre determinado aspecto pessoal;
- reuniões periódicas de treinamento pessoal.
Na sua empresa, os dois desenvolvimentos são incentivados de forma igualitária? Quais os desafios que enxergam nisso? Comenta aqui embaixo o que achou.