Nos últimos meses, diversas pesquisas têm chamado atenção para um problema em ascensão no país: o vício em jogos de aposta.
De acordo com dados da USP, cerca de 2 milhões de brasileiros já enfrentam esse desafio, que vem sendo comparado a uma epidemia de saúde pública, dado o impacto significativo no bem-estar da população.
Neste post, vamos nos aprofundar em como esse vício também reverbera nas organizações e de que forma o RH pode ajudar os colaboradores a enfrentá-lo!
O que são vícios em jogos de aposta?
O vício em jogos de aposta, também conhecida como ludopatia, não é um problema exatamente novo.
Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu essa condição como um transtorno médico, caracterizado pelo desejo incontrolável de continuar jogando, mesmo diante de consequências negativas.
Acontece que, nos últimos anos, o crescimento das casas de apostas virtuais e a facilidade de acesso a esses jogos levaram esse tipo de vício a atingir um novo patamar.
Segundo o Datafolha, em janeiro de 2024 pelo menos 15% dos brasileiros já haviam feito apostas esportivas online – as chamadas bets.
O gasto médio mensal entre os apostadores é de R$ 263, o que equivale a cerca de 20% do salário mínimo de 2023.
Em paralelo, o Instituto DataSenado estimou que 42% dos brasileiros que dizem ter gastado alguma quantia em apostas esportivas ao longo de um mês estavam endividados.
Como os vícios em apostas afetam os colaboradores e o trabalho?
Assim como outros vícios, o jogo compulsivo pode gerar problemas graves que não se limitam ao indivíduo, mas afetam também suas relações familiares, sociais e profissionais.
A seguir, vamos focar nos principais efeitos da ludopatia no bem-estar dos colaboradores e, consequentemente, no dia a dia das organizações:
Problemas financeiros que podem afetar o desempenho e o foco
Como vimos acima, o endividamento é uma das principais consequências do vício em jogos de aposta. Isso ocorre porque, sendo um comportamento compulsivo, o apostador persiste nas apostas mesmo diante de perdas significativas.
No ambiente de trabalho, as preocupações financeiras ocupam a mente, prejudicando a concentração e levando a erros em tarefas rotineiras.
Além disso, a pressão para compensar o endividamento pode fazer com que o colaborador procure formas alternativas de renda, desviando ainda mais seu foco e energia.
Impactos na saúde mental: ansiedade, estresse, depressão
O vício em jogos de aposta geralmente cria um ciclo de euforia, tensão e preocupação.
A busca constante por recuperar perdas financeiras, por exemplo, é uma das responsáveis por desencadear transtornos como ansiedade, estresse, depressão e, em casos mais graves, até mesmo pensamentos suicidas.
Queda na produtividade e aumento do absenteísmo
Os problemas financeiros, somados ao deterioramento da saúde mental, inevitavelmente resultam em uma queda de produtividade, assim como em faltas não programadas.
Afinal, muitos desses profissionais acabam se ausentando do trabalho, seja para resolver questões financeiras, seja para lidar com o adoecimento desencadeado pelo vício.
Efeitos negativos no clima organizacional, como conflitos ou isolamento
As ausências frequentes de um membro da equipe tendem a sobrecarregar os demais colaboradores, muitas vezes gerando insatisfação interna e prejudicando o clima organizacional.
Adicionalmente, a tendência ao isolamento social de quem enfrenta o vício pode enfraquecer os laços interpessoais, comprometendo a dinâmica colaborativa.
Sinais de alerta: como identificar um colaborador com vício em apostas?
O primeiro passo para evitar as situações apresentadas acima é estar atento a sinais de alerta que podem indicar que um colaborador está lutando contra o vício em apostas.
Os mais característicos são:
- Alterações comportamentais, incluindo distração, mudanças de humor e irritabilidade;
- Dificuldades financeiras, evidenciadas por pedidos recorrentes de adiantamento salarial, empréstimos ou atrasos em pagamentos pessoais;
- Baixo desempenho ou falta de engajamento em atividades diárias;
- Ausências não programadas ou atrasos frequentes;
- Comportamento evasivo, ao ser questionado sobre questões pessoais ou financeiras.
O papel do RH no apoio aos colaboradores com vício em apostas
Zelar pelo bem-estar e pela produtividade dos colaboradores é uma das principais responsabilidades do RH.
Por isso, o setor não apenas como pode atuar de maneira proativa no enfrentamento da crescente epidemia das bets.
Confira, a seguir, as melhores estratégias para apoiar os funcionários com vício em jogos de aposta e prevenir novos casos:
Educação e sensibilização
Promover a conscientização dentro da empresa, por meio de campanhas internas e palestras que desmistifiquem o vício em apostas e alertem sobre seus impactos, é uma medida importante de prevenção.
Afinal, muitas pessoas subestimam os riscos associados aos jogos de azar, vendo-os apenas como uma forma de entretenimento.
Apoio psicológico
Disponibilizar programas de assistência psicológica aos funcionários é uma excelente forma de auxiliar os colaboradores em momentos de vulnerabilidade.
Além de facilitar o acesso a profissionais especializados em saúde mental, a empresa pode promover conexões com grupos de apoio focados em ludopatia, oferecendo suporte adicional para quem enfrenta esse desafio.
Acolhimento e comunicação
Criar um ambiente seguro e livre de julgamentos é fundamental para que os colaboradores se sintam à vontade para buscar ajuda.
Por isso, as estratégias acima devem vir acompanhadas por uma comunicação empática e aberta dentro da organização, onde o RH e a liderança atuam como agentes de apoio, prontos para ouvir e orientar.
Políticas de bem-estar
Desenvolver iniciativas que apoiem o bem-estar da equipe e incentivem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é um meio de prevenir o surgimento de comportamentos compulsivos, como o vício em apostas.
Entre elas, destacam-se a oferta de horários flexíveis, incentivo a pausas regulares, benefícios corporativos voltados para práticas esportivas, acesso a plataformas de terapia online, manutenção do clima organizacional, entre outros.
Como a ferramenta da Feedz pode apoiar na saúde mental e bem-estar dos colaboradores
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Além disso, por meio das pesquisas anônimas, os colaboradores têm a oportunidade de expressar suas preocupações, ideias ou necessidades, sem medo de julgamentos.
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Sem contar que a Feedz fornece relatórios detalhados, que permitem priorizar ações específicas, como programas de treinamento e ajustes no ambiente de trabalho.
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