Teste PDA: o que é, para que serve e benefícios

Desvende o teste PDA, descubra o que é, entenda sua importância, saiba como usar e a quem ele é aplicado, além das diferenças entre PDA e DISC

Entender qual o grau de compatibilidade entre um candidato e uma função contribui para uma contratação mais acertada. Ajuda também na hora de definir programas de treinamento e até mesmo promoções e mudanças de cargo dentro da empresa.

Para isso, recrutadores fazem entrevistas e aplicam testes. Um deles é o de perfil comportamental, como é o caso do teste PDA, sigla para Personal Development Analysis (ou em português, Análise de Desenvolvimento Pessoal). 

Tem interesse em saber o que é teste de perfil PDA e qual sua importância? Então, siga a leitura!

O que é um teste PDA?

O teste PDA é uma metodologia que permite o RH conhecer melhor o perfil comportamental dos candidatos e colaboradores. É considerada uma ferramenta de alto nível, pois traz informações detalhadas sobre o perfil do profissional.

Dentro do que se pode descobrir com a aplicação do teste, estão: as aptidões, o nível de motivação, habilidades de persuasão, o estilo de liderança, a maneira com que a pessoa lida com o ambiente, o modo de se comunicar e outras informações. 

Ele é realizado por meio de um questionário, com perguntas de múltipla escolha que se referem a como uma pessoa reagiria face a uma situação específica.  

Destacamos que o Personal Development Analysis não qualifica um perfil como bom e ruim. O que ele faz é decodificar os padrões comportamentais, apresentando, de modo estruturado, as características do avaliado.

Para isso, o PDA teste apresenta 5 eixos e cada um deles possui três tipos de tendências. Sendo assim, após o profissional responder a avaliação, seu perfil é detalhado conforme explicamos abaixo

Eixo do risco (R)

Mede a capacidade e o desejo das pessoas a assumir riscos e desafios. 

  • Tendência alta: pessoas que se encaixam aqui possuem um perfil arrojado, competitivo e voltado para resultados. 
  • Tendência baixa: perfil mais cauteloso, diplomático, conciliador e voltado para a segurança.
  • Tendência situacional: dependendo do contexto, consegue agir de modo mais cauteloso ou ser mais arriscado.

 

Eixo da extroversão (E)

Indica o quanto o indivíduo deseja e é inclinado a interagir com pessoas novas. Mostra a sua proatividade. 

  • Tendência alta: são pessoas voltadas para relacionamentos, mais informais e que gostam e têm necessidade de se relacionar com pessoas novas. Costumam ser mais verbais e a motivação está na relação com pessoas diferentes.
  • Tendência baixa: são observadoras, formais, voltadas para a concentração e analíticas.
  • Tendência situacional: dependendo da situação e do contexto, o indivíduo pode ser mais inclinado à extroversão ou introversão. 

 

Eixo da paciência (P)

Mostra o quanto a pessoa é receptiva em relação a outros indivíduos. Demonstra a tendência de responder de uma maneira calma e tranquila perante as situações.

  • Tendência alta: são pessoas mais calmas, tranquilas, organizadas, voltadas para consistência nas informações.
  • Tendência baixa: pessoas mais dinâmicas, móveis e com sentido de urgência.
  • Tendência situacional: dependendo da situação e do contexto, tendem a ser mais pacientes ou dinâmicas.

 

Eixo da norma (N)

Apresenta o quanto a pessoa gosta de regras e procedimentos. Também mensura a receptividade em relação a tarefas. 

  • Tendência alta: pessoas mais voltadas a regras e processos. São mais estruturadas, questionadoras e exigentes consigo e com os outros. Gostam e se motivam por feedbacks constantes.
  • Tendência baixa: são mais independentes, obstinadas, persistentes, gostam de ter liberdade para realizar atividades e criar novas regras. 
  • Tendência situacional: dependendo da situação e do contexto, terão comportamentos mais voltados às regras e aos procedimentos, ou mais voltados à autonomia. 

 

Eixo do autocontrole (A)

Mensura a inteligência emocional. Consegue medir a capacidade das pessoas de pensarem e refletirem antes de agir.

  • Tendência baixa: são perfis mais sensíveis, empáticos e que possuem jogo de cintura.
  • Tendência alta: pessoas mais práticas, objetivas, lógicas e que às vezes são vistas como mais frias.
  • Tendência situacional: reflete a maturidade emocional, porque pessoas com esse indicador são capazes de refletir e conseguem entender como se deve agir em cada situação (por exemplo, ter mais empatia ou ser mais lógico). 

 

Para que serve o teste PDA?

As competências comportamentais são evidentes nos testes de PDA. No entanto, entenda que, muito mais do que mostrar que uma pessoa é ou não comunicativa, ele é uma ferramenta que serve para apontar os padrões comportamentais do avaliado. 

Em outras palavras, por meio de uma metodologia precisa e científica, o PDA permite descobrir e entender quais são os pontos fortes de uma pessoa e os que precisam de melhorias. 

Para o RH, a ferramenta é bastante útil e, além do recrutamento e seleção, auxilia em outras áreas, como desenvolvimento de líderes, planos de carreira e treinamento.

 

A quem são aplicados testes de PDA?

Além de entender o que é teste PDA e para que ele serve, precisamos entender a quem a metodologia se aplica. 

Nos processos de recrutamento e seleção, a ferramenta auxilia o RH a encontrar as pessoas certas para os cargos certos. Ou seja, a avaliar a aderência dos profissionais a uma determinada posição. 

O PDA também pode ser usado com os talentos da empresa para mapear necessidades de treinamento, planejar promoções, redesenhar equipes e até mesmo na hora de dar feedback.

Adicionalmente, programas voltados ao desenvolvimento de liderança, inteligência emocional e desenvolvimento de habilidades utilizam o teste PDA para serem mais efetivos. 

 

Teste PDA x DISC: entenda as diferenças

Outro teste de perfil comportamental, o DISC é conhecido dos RHs. Antes de abordarmos as diferenças entre os dois, entenda que ele classifica as pessoas com base em quatro fatores, que são: dominância, influência, estabilidade e conformidade.

Ambos, DISC e PDA, são baseados na teoria de William Moulton Marston. No entanto, o segundo é visto como um aprofundamento do primeiro. 

Isso porque o teste PDA utiliza a metodologia pura de Marston. Em contrapartida, o DISC parte da teoria dele, mas o processo matemático foi simplificado por John Geier, o que resultou na simplificação dos resultados. 

Outra diferença é que o PDA aborda a inteligência emocional (eixo de autocontrole). Isso não acontece no DISC. 

A ferramenta de Personal Development Analysis também se difere ao apresentar os indicadores de intensidade de perfil (que são as tendências alta, baixa e situacional que descrevemos mais acima).

No entanto, não se engane: o DISC é também uma metodologia valiosa para entender o perfil comportamental das pessoas.

 

Como o teste PDA pode ajudar a sua empresa? Conheça 5 benefícios

Bom, até aqui você entendeu para que o teste PDA serve. Então, agora chegou o momento de dar uma olhada nos benefícios que ele pode trazer para a sua empresa:

 

Assertividade na contratação

Os testes de perfil comportamental, como é o caso do PDA e do DISC, têm a grande vantagem de ajudar o RH a entender se o perfil de um candidato é compatível com a cultura da empresa

Com essa informação, as chances de contratar alguém que não se encaixe, sinta-se insatisfeito e acabe afetando o clima, diminuem. 

Lembre-se ainda que uma contratação assertiva se traduz em funcionário mais produtivo, engajado e feliz.

 

Redução de turnover

O teste PDA pode ser usado para analisar dados sobre as principais habilidades do time, isto é, entender os pontos fortes e de aprimoramento de cada membro. 

Ao fazer isso, o RH consegue mapear o que precisa ser feito para ter uma equipe mais harmônica e, principalmente, como as diferenças de perfis podem ser complementares

Por exemplo, é possível avaliar a necessidade de algum tipo de treinamento, ou até mesmo entender como dar feedback a um profissional de determinado perfil para ajudar no seu desenvolvimento. 

Consegue ver como essas ações incentivam a pessoa a permanecer?

Além disso, se o PDA foi utilizado no processo seletivo, o candidato mais aderente foi contratado, o que significa que muito provavelmente ele ficará na empresa por um bom tempo.

 

Precisão e embasamento nas tomadas de decisão

O teste PDA possui uma confiabilidade de 90%. Como se isso não bastasse, ele é certificado ISO 9001 e cumpre requisitos de diversos órgãos controladores.

Seja qual for a decisão que precise ser tomada – contratação, mudança de cargo, necessidade de treinamento, entre outras – o PDA é uma fonte confiável para extrair as informações necessárias. 

 

Mapear compatibilidades

Conflitos no trabalho acontecem por diversos motivos. Um deles é porque em uma empresa existem profissionais de diferentes perfis comportamentais. É comum, por exemplo, que líder e liderado não tenham compatibilidade alguma. 

Isso significa que essas pessoas não deveriam trabalhar juntas? Não exatamente. O teste PDA, assim como qualquer outro teste de perfil comportamental, não serve para excluir pessoas.

No entanto, ao entender o perfil de cada um, fica mais fácil compreender como deve ser a comunicação entre duas pessoas, como um feedback deve ser dado, de que maneira o profissional pode ser motivado, do que ele precisa e assim por diante.

 

Ambiente de trabalho saudável

Um ambiente de trabalho saudável considera aspectos físico, emocional e ambiental. Tem a ver tanto com fornecer as ferramentas necessárias para a execução de uma atividade e instalações confortáveis, quanto entender se os colaboradores se sentem bem e felizes.

Para isso, as pessoas precisam se dar bem umas com as outras e aceitar que possuem diferenças. 

O teste PDA é também uma ferramenta de autoconhecimento. Com base no resultado, o avaliado consegue entender melhor algumas de suas atitudes.

Dessa maneira, está apto a entender aspectos comportamentais que necessitam de mais atenção e como devem agir em determinadas situações para evitar conflitos. 

 

Passo a passo para utilizar o teste PDA na seleção de candidatos

Já que o PDA teste traz tantos benefícios, bora aplicá-lo na seleção de candidatos? Veja como você pode fazer isso:

 

  1. Informe os candidatos selecionados que eles farão um teste de perfil comportamental. Explique que a ferramenta serve para conhecê-los melhor e que, portanto, eles devem ser honestos.
  2. Defina qual questionário/ferramenta utilizar. O teste PDA é uma metodologia que deve ser aplicada por profissionais certificados.
  3. Envie o questionário ao candidato para que ele o responda online, ou peça para que ele vá até a empresa para respondê-lo.
  4. Avalie as respostas e identifique o perfil com as respectivas tendências comportamentais. 
  5. Tire um tempo para dar um feedback ao candidato para que ele possa compreender melhor o resultado do seu teste.

 

Conclusão 

O teste de PDA detalha o perfil comportamental e os pontos fortes individuais, mas também as áreas de atenção. Ter esse conhecimento contribui para que a pessoa melhore o relacionamento pessoal com seus pares e líderes e trabalhe de forma mais engajada.

Além do mais, a torna preparada para aproveitar as oportunidades e lidar com os desafios apresentados pelo ambiente. 

O reflexo disso é na produtividade e nos resultados da empresa, gerando maior satisfação dos clientes e uma imagem corporativa mais positiva.

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Respostas de 2

    1. Claro, Heloísa! Vou te explicar 🙂

      O teste PDA (Personal Development Analysis ou Análise de Desenvolvimento Pessoal) é uma ferramenta de avaliação comportamental que identifica o perfil de uma pessoa em relação ao ambiente de trabalho, destacando seus pontos fortes, áreas de desenvolvimento e compatibilidade com determinadas funções. Ele não é exatamente um “plano de desenvolvimento” como o PDA (Plano de Desenvolvimento Individual), mas uma análise comportamental que serve como base para o desenvolvimento de pessoas dentro das empresas.

      No entanto, o processo de aplicação e utilização do teste PDA pode ser dividido em duas etapas principais:

      1. Avaliação do Perfil Comportamental
      Nesta etapa, o indivíduo responde a um questionário simples, que analisa traços de personalidade e comportamento. Com base nas respostas, o teste PDA mapeia:

      Estilo comportamental natural: Como a pessoa age de forma espontânea e sem influências externas.
      Estilo comportamental adaptado: Como a pessoa se adapta ao ambiente de trabalho, de acordo com as demandas e expectativas.
      Essa análise gera um relatório detalhado com o perfil comportamental, identificando características como liderança, comunicação, capacidade de organização, tomada de decisão, entre outros.

      2. Feedback e Aplicação dos Resultados
      Depois de concluída a análise, essa etapa envolve a aplicação prática dos resultados:

      Autoconhecimento e desenvolvimento: O relatório ajuda a pessoa a entender seus pontos fortes e fracos, permitindo que ela faça ajustes e desenvolva habilidades específicas.
      Ajuste à função ou ambiente: A empresa pode utilizar o teste para alinhar os colaboradores às funções ou equipes mais adequadas, maximizando o desempenho e o engajamento.
      Essas duas etapas – avaliação do perfil e aplicação dos resultados – tornam o teste PDA uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento de talentos e ajuste ao ambiente de trabalho.

      Espero ter ajudado você 🙂

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