Senso de dono na empresa: o que é, benefícios e como desenvolver

O sonho de qualquer empresa é ter colaboradores engajados, que “vestem a camisa” do negócio. Essas características podem ser traduzidas também como profissionais que têm senso de dono na empresa. Sabe aquela pessoa que acha um problema e não fica esperando que alguém resolva, vai lá e age? Ou que está sempre defendendo a visão […]

O sonho de qualquer empresa é ter colaboradores engajados, que “vestem a camisa” do negócio. Essas características podem ser traduzidas também como profissionais que têm senso de dono na empresa.

Sabe aquela pessoa que acha um problema e não fica esperando que alguém resolva, vai lá e age? Ou que está sempre defendendo a visão da empresa para seus colegas e clientes? Ou ainda aquele profissional que está sempre dando ideias de como o negócio pode se desenvolver ?

Esses são os colaboradores que impulsionam a empresa para frente — e, consequentemente, suas carreiras também. Ter senso de dono na empresa, porém, não é uma característica nata para todos, na maioria dos casos é preciso desenvolver essa habilidade. 

Os gestores e profissionais do RH dos negócios podem promover ações que ajudem a aprimorar essa aptidão nos colaboradores. Assim, a empresa ganha em produtividade, engajamento e, claro, faturamento.

Entenda mais o que é e como desenvolver o senso de dono nas empresas:

O que é senso de dono na empresa?

O senso de dono é uma atitude. É ter responsabilidade sobre seus atos, pró-atividade e sempre colocar o interesse da empresa como foco.

Os colaboradores que têm essa aptidão ajudam a empresa e sempre estão buscando formas de encontrar a melhor saída para problemas ou impasses. 

Os profissionais com espírito de dono são aqueles que identificam o problema, planejam uma solução e a executam, sem ficar esperando a ordem de alguém para tal. 

Ou ainda são aqueles que conseguem priorizar suas ações de acordo com os objetivos da empresa.

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Quando trabalham com vendas, esses são os profissionais que entendem do negócio e conseguem defender suas soluções com paixão e profissionalismo.

Colaboradores com essa característica tendem a executar suas funções com afinco, independente da hora.

Claro que é preciso que o RH e os gestores controlem questões como muitas horas extras ou transferência de responsabilidades.

Para tudo existe um equilíbrio, se o profissional se doa para a empresa, ele precisa ser recompensado da forma certa por isso, mas falaremos disso mais tarde.

 

5 características de profissionais com senso de dono na empresa

Já deu para traçar uma ideia de qual é o perfil dos colaboradores que apresentam senso de dono na empresa, não é mesmo? Mas para ficar mais claro, separamos 5 características que esses profissionais têm:

  • Pró-ativos: não esperam ordens para agir, propõem soluções para os problemas e, quando dentro da sua alçada, os resolvem com prontidão. 
  • Colaborativos: estão sempre envolvendo outras pessoas nas soluções, criando um espírito de equipe. Geralmente se destacam como bons líderes de projetos e são vistos assim por seus pares. 
  • Flexíveis: entendem o momento da empresa e por isso se dispõe a trabalhar a mais se for preciso ou em horários diferentes.
  • Apaixonados: acreditam no propósito da empresa, sendo impulsionado pelos objetivos e estratégias da instituição.
  • Autogerenciados: têm uma capacidade de autogestão acima da média, conseguindo ajustar seus horários e tarefas de uma forma eficiente.

Um profissional com essas características é muito valioso para a empresa, uma vez que traz benefícios como:

  • Maior engajamento da equipe: uma pessoa motivada e apaixonada pelo que faz tende a engajar seus pares, fazendo-os acreditar no mesmo propósito;
  • Menos turnover: quanto maior for o engajamento dos colaboradores, menos eles procuraram oportunidades em outras empresas, diminuindo a rotatividade;
  • Melhor atendimento ao cliente: profissionais que querem ajudar o negócio a se desenvolver tendem a procurar resolver de prontidão os problemas dos clientes e os tratam com ainda mais cordialidade;
  • Melhor produtividade: ao passo que conseguem fazer uma autogestão eficiente, esses profissionais tendem a serem mais produtivos, fazendo mais coisas em menos tempo;
  • Melhor clima empresarial: profissionais engajados tendem a ser mais felizes, o que faz com que o clima na empresa seja de colaboração e leveza, contribuindo para o bem-estar de todos.

Mas para alcançar todos esses objetivos, o RH e os gestores devem prestar atenção no ritmo de trabalho dos colaboradores que têm senso de dono na empresa. Isso porque, por conta das características que elencamos, é comum que esse profissional se sobrecarregue.

Outro sentimento recorrente desses profissionais é a falta de valorização. Eles se entregam tanto à empresa que, com o passar do tempo, se esse esforço não for recompensado, tendem a se sentir desmotivados e desvalorizados

Uma oposição constante que se ouve ao se falar de senso de dono é “vou trabalhar como dono, mas não vou ganhar como um”.

Por isso, antes dessas falas ganharem os corredores e desmotivarem os profissionais, é preciso agir.

Tanto o RH quanto os gestores devem conhecer o perfil de cada colaborador, entendendo quais são seus fatores de motivação. Se a bonificação é o que faz o profissional se sentir valorizado, é possível pensar em estratégias de metas e prêmios, por exemplo.

Se o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é o que motiva, é possível dar horários flexíveis ou dias de folga. 

Isso tudo  em paralelo a um plano de cargos e salários estruturado e a uma rotina de reconhecimento dos funcionários.

Sem isso os profissionais podem não enxergar perspectivas na empresa ou ainda sentirem que seu esforço não está sendo visto.

O senso de dono na empresa é uma via de mão dupla: o colaborador se entrega ao negócio e deve ser recompensado por isso

Planilha de cargos e salários para editar

 

Como desenvolver o senso de dono nos colaboradores?

Muitas pessoas já têm essa característica aflorada e cabe ao RH e gestores apenas nutri-la por meio de:

  1. incentivos para que o profissional proponha soluções para problemas;
  2. liberdade para que ele possa executar o trabalho dentro das diretrizes que acredita que funcionam; e
  3. apoio para se desenvolver cada vez mais e crescer dentro do negócio. 

Mesmo em quem não tem essa habilidade em destaque, é possível incentivar atitudes condizentes com o senso de dono.

É claro que essa é uma característica muito particular do perfil profissional, mas algumas aptidões que a compõem — como pró-atividade ou colaboração — são possíveis de se desenvolver.

Para isso algumas técnicas pode ser úteis, como:

Incentive o feedback constante

Somente com uma cultura de feedbacks constantes o líder conhecerá os desafios e objetivos do profissional, entendendo quais são os sabotadores que não permitem que o colaborador tenha uma atitude pró-ativa, por exemplo. 

É comum que as pessoas se sintam inseguras ao tomar uma decisão ou, por estarem em um time que sempre consulta o líder em pequenas decisões, que se sintam acanhadas de propor algo logo de cara. 

Por isso, é importante ouvir as experiências do colaborador e sempre dar retornos de qual poderia ser a atitude tomada em cada situação. Assim o líder ajuda o profissional a ser mais independente e pró-ativo. 

Faça avaliações de desempenho

Ter ferramentas que meçam o engajamento das equipes e o desenvolvimento do profissional é essencial para criar um senso de dono na empresa.

Isso porque, por meio dessas ferramentas, o RH consegue sentir qual o nível de engajamento coletivo e individual. 

Com essas informações, é possível criar um plano estratégico para melhorar o clima da empresa, desenvolver os colaboradores nas habilidades certas e ainda incentivar um clima organizacional melhor.

Tenha uma comunicação efetiva

Ninguém consegue ter senso de dono se não entende quais os objetivos da empresa, suas premissas e valores. Por isso, a comunicação interna deve ser aprimorada constantemente.

Os colaboradores devem saber exatamente quais são os valores da empresa e os objetivos. Somente dessa forma ele conseguirá ter mais certeza na hora de tomar decisões e agir estrategicamente. 

 

Reconheça o esforço dos funcionários 

Já falamos aqui, mas essa é a peça-chave para criar um senso de dono nos colaboradores. As pessoas precisam sentir que suas ações são valorizadas e que os retornos que ganham da empresa condizem com o esforço que empregam em suas funções diárias. 

Para isso, o ideal é ter um espaço de reconhecimento das atitudes individuais, mas também  bonificar o profissional da maneira correta: seja por meio de benefícios, bonificações ou folgas. 

O senso de dono na empresa, portanto, diz respeito a uma atitude. Alguns profissionais a têm de forma natural, outros precisam de incentivos para desenvolvê-la. E na sua empresa, como é o nível de senso de dono?

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