Para construir uma equipe de sucesso, não basta acertar no recrutamento e seleção de pessoas. Tão importante quanto isso é conseguir colocar em prática boas estratégias de reter talentos, dia após dia.
Estamos falando aqui sobre ações que devem acompanhar todo o ciclo de vida do colaborador. E é justamente por se tratar de algo tão amplo, que muitas empresas ficam em dúvidas sobre por onde começar.
Se esse é o seu caso, então você está no lugar certo. Ao longo deste artigo, vamos mostrar o que a sua organização pode fazer para começar o ano construindo uma relação mais sólida e duradoura junto ao time. Boa leitura!
Como reter talentos?
A retenção de talentos diz respeito à capacidade que as empresas possuem de manter seus profissionais ali pelo máximo de tempo possível. Algo que, como você deve imaginar, só pode ser feito a partir de um conjunto de ações muito bem planejadas.
Em um mercado cada vez mais competitivo, uma estratégia sólida nesta frente já é vista por muitos como a chave para o sucesso. Afinal, sem um time satisfeito, engajado e competente é impossível para qualquer negócio ir muito longe.
Qual a importância de reter talentos nas organizações?
Você certamente já ouviu por aí que as pessoas são o bem mais valioso de um negócio, não é mesmo?
É por meio de profissionais comprometidos e qualificados que as empresas conseguem alcançar seus objetivos e obter lucro. Fica fácil compreender, então, porque a capacidade de reter os colaboradores é tão determinante para a sobrevivência delas.
Quando bem planejadas, as estratégias de retenção de talentos refletem em:
- Aumento de engajamento produtividade;
- Redução de custos (principalmente com a abertura de novos processos seletivos e com o desligamento de funcionários que pediram demissão);
- Construção de um clima organizacional mais agradável;
- Aumento da colaboração no ambiente de trabalho;
- Fortalecimento da marca empregadora.
Resumindo: tudo o que as empresas geralmente buscam!
Por que os colaboradores estão pedindo demissão?
Nos últimos anos, um fenômeno que ficou conhecido como “The Great Resignation” (ou “A Grande Renúncia”, em português) chamou ainda mais atenção para a importância das práticas de retenção de talentos.
Caso você não tenha ouvido falar, o termo se refere a uma tendência econômica observada no início de 2021, na qual milhares de funcionários se demitiram voluntariamente de seus empregos.
Essa onda de pedidos de demissão, que começou nos Estados Unidos e se espalhou para muitos outros países, inclusive o Brasil, não foi desencadeada por um único motivo. Mas há alguns vilões que podem ser apontados, como:
- Falta de reconhecimento profissional;
- Falta de perspectivas de crescimento;
- Ambiente de trabalho e cultura tóxicos;
- Insegurança emocional;
- Falta de flexibilidade;
- Baixos salários;
- Benefícios pouco atrativos;
- Problemas com a liderança direta.
Não podemos deixar de lembrar que esse cenário também anda de mãos dadas com uma mudança significativa no perfil dos colaboradores: hoje, cada vez mais, questões como saúde mental e maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional são vistas como a prioridade de muitos.
E por que estamos falando tudo isso?
Bom, porque olhar para o que os colaboradores querem – ou não – é um dos primeiros passos para criar ações bem sucedidas de retenção de talentos!
Como calcular o índice de retenção de talentos?
Antes de começar a desenhar uma estratégia de retenção de talentos, é importante entender qual é a situação atual da sua empresa.
Aliás, fica a dica: esse é um daqueles indicadores que o RH deve sempre acompanhar de perto caso queira melhorar a gestão de pessoas de forma contínua!
A forma mais simples de descobrir qual o índice de retenção de talentos é dividindo o número de trabalhadores que permaneceram na empresa ao final de um período pelo total de funcionários do início desse mesmo período.
Depois, basta multiplicar o valor obtido por 100 para chegar à porcentagem.
Por exemplo: se você tem 150 colaboradores a partir do primeiro dia do trimestre e 120 colaboradores no final, você perdeu 30 funcionários. Sua taxa de retenção neste período, portanto, é de 80%.
Estratégias para reter talentos
Realizou o cálculo acima e se assustou com o resultado? Então respire fundo! Chegou a hora de conhecer quais medidas podem ser tomadas para melhorar esse índice tão importante para o sucesso do seu negócio!
1. Ofereça um plano de carreira bem definido
Quando o colaborador entende que tem chances reais de se desenvolver na organização, é muito provável que ele se sinta mais motivado a continuar na empresa. Por isso o plano de carreira é tão importante!
Se a sua empresa ainda não possui um, saiba que há ferramentas que podem ajudá-lo nesta missão. As avaliações de desempenho periódicas são um grande exemplo, já que elas trarão uma compreensão maior sobre o caminho a ser traçado.
Aliás, a avaliação de desempenho é o que embasa a criação do PDI, um plano de desenvolvimento individual bem estruturado, com objetivos, metas e prazos.
2. Crie ações focadas no bem-estar do time
A forma como as empresas se comportam para garantir condições plenas de saúde física, emocional e financeira aos seus colaboradores também tem um impacto direto na retenção, já que ajudam a criar um ambiente de trabalho mais positivo e acolhedor.
Em tempos de Burnout, onde 75% de profissionais da geração Z e 50% da geração Y disseram já terem deixado cargos em razão de problemas psicológicos, as ações nesta frente devem ser vistas como prioridade.
Vale, inclusive, contemplar os cuidados com a saúde física e mental no plano de benefícios!
3. Forme os líderes continuamente
Sabia que cerca de 50% das pessoas pedem demissão por causa do chefe?
Os dados, que pertencem a uma pesquisa realizada pela Gallup, deixam claro que uma liderança preparada para lidar com colaboradores plurais e guiá-los em meio aos múltiplos desafios do mundo do trabalho faz toda a diferença!
4. Incentive a comunicação clara e empática
Quando a empresa cria espaços de diálogo acolhedores e comunica as suas ações com clareza, a tendência é que os colaboradores se sintam mais seguros para se expressar e mais abertos para receberem feedback.
Essa troca, que pode e deve ocorrer em todos os níveis da organização, é o caminho para a construção de relações de trabalho mais positivas, bem como para o crescimento contínuo dos times.
5. Ofereça bons salários e benefícios
Embora questões como flexibilidade e ambiente de trabalho positivo sejam muito valorizadas, a oferta de salários competitivos continuam pesando bastante na retenção de talentos.
Portanto, nada de negligenciar esse aspecto em detrimento de outros, ok?
Juntamente com um bom pagamento no fim do mês, os colaboradores também buscam por benefícios que os ajudem a ter mais qualidade de vida. Prova disso é que, segundo a Betterfly, 77% dos trabalhadores gostariam que a sua empresa melhorasse o pacote oferecido nesta frente.
Entre os benefícios mais desejáveis, estão: plano de saúde, seguro de vida, vale-alimentação e refeição, planos de academia, apoio psicológico, entre outros.
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