Você sabe qual é a relação entre a Experiência do colaborador e o Employer Branding?
Em tradução livre, employer branding significa marca empregadora e pode ser usado como uma estratégia para promover a sua empresa.
Isso quer dizer que, através do ambiente de trabalho que você proporciona ao seu colaborador, a sua marca ganha valor e presença no mercado – para o bem ou para o mal.
Mas, vem cá, como sua empresa se encaixa nesse sentido?
Você tem um ambiente de trabalho saudável, feliz, diverso e humanizado ou que possui um clima de competição, pressão e falta de reconhecimento aos profissionais?
Employer branding tem tudo a ver com a experiência que seu colaborador tem dentro da sua empresa, afinal, os seus funcionários são os maiores promotores da sua marca.
Para falar mais sobre esse assunto tão importante, convidamos Kelly Barra, fundadora da Employer Branding Experience (EBX), uma empresa voltada a consultorias e desenvolvimento de profissionais de RH.
Conheça um pouco mais sobre a EBX:
- A marca conta com mais de 50 mil seguidores no Instagram;
- Já formou mais de 350 alunos na área de Business Partner;
- Kelly Barra é graduada em Administração de Empresas, com MBA em Gestão de Projetos e certificada em Coaching e Gestão de Mudanças e atua como Especialista Employer Branding e Employee Experience;
- Larissa Mendes, co-fundadora da EBX, é Graduada em Psicologia, com MBA em Gestão de Negócio, certificada em Gestão de Mudanças e hoje atua como Líder de Business Partner na ZUP Innovation;
- Juntas, Kelly e Larissa possuem mais de 15 anos de experiência na área de Business Partner de RH, com atuação em empresas de pequeno a grande porte, nos ramos: bancário, telecomunicações, meios de pagamento e de tecnologia.
Você não vai perder esse papo, né?
Vamos à entrevista sobre a relação da experiência do colaborador com o branding das marcas! 👇😉
Para você, o que é experiência do colaborador?
Kelly: É o conjunto de vivências que um colaborador tem quando entra para uma empresa. Desde o momento que ele é admitido, até o seu último contato com a organização.
Quando ele deixa o carro dele no estacionamento, o contato que ele tem com as pessoas da portaria, a forma como é tratado nos mínimos detalhes do dia a dia. Os sentimentos bons e não tão bons.
Esse conjunto de experiências, que passa por toda jornada do colaborador, fazem parte do Employee Experience.
Como a experiência do colaborador pode impactar o employer branding?
Kelly: A reputação da marca tem tudo a ver com a coerência entre o que comunicamos e o que praticamos. Essa comunicação precisa ser verdadeira, porque, as experiências ruins, querendo ou não, serão compartilhadas. Então, deve haver muita verdade sobre a realidade na empresa.
Por exemplo: não adianta falar em diversidade e flexibilidade se a prática é diferente, né?
Hoje em dia, o colaborador compartilha suas experiências em plataformas como Glassdoor e LinkedIn, então, a base de tudo deve ser a verdade. Se isso não acontecer, o processo de atração e retenção de talentos, clima organizacional, cultura e branding da marca serão prejudicados.
Quais são os hard e soft skills que um profissional de RH precisa ter para melhorar a experiência do colaborador?
Kelly: Quando a gente fala de um profissional de RH, queremos uma pessoa que faça a empresa crescer e, para isso, ela precisa ter competências como:
- conhecimento sólido do ecossistema de RH;
- compreensão de negócios e sobre o negócio onde está inserida;
- olhar analítico sobre os dados da empresa para tomada de decisão.
No caso dos soft skills, são aquelas características voltadas a:
- capacidade de resolver problemas;
- inteligência emocional;
- capacidade de influência;
- pensamento crítico e analítico para entender os processos que são necessários;
- e claro: capacidade de se relacionar bem com os colaboradores.
Como os profissionais de RH podem construir a melhor Jornada do Colaborador?
Kelly: Um ponto importante é ouvir a pessoa colaboradora. Os aspectos em que ele se sente bem e aqueles que precisam melhorar. Após isso, é essencial atuar nas situações que causam desconforto, sejam elas sobre tarefas ou relacionamentos dentro da empresa.
Um fator primordial também é criar experiências memoráveis, com empatia ao colaborador. Para fazer isso acontecer da melhor forma, você pode investir em:
- Rodas de conversa;
- Pesquisas de satisfação;
- Avaliação do clima organizacional;
- Reuniões de alinhamentos;
- trocas entre RH e lideranças.
A minha última dica para que isso possa ser benéfico no Employer Branding é ter em mente que o RH toma a frente das iniciativas, mas toda a empresa precisa estar comprometida com a construção e a manutenção de uma boa jornada do colaborador.
Muito se fala no “RH do Futuro”. Que tendências você enxerga para os próximos anos?
Kelly: O RH do futuro tende a ser cada vez mais construtivo e colaborativo. Ele trabalha junto com as lideranças e as pessoas que tomam decisões; cada uma com seu papel, mas entendendo que todos precisam ir na mesma direção.
Nesse sentido, o RH vai se desenvolver olhando para os dados, interpretando pesquisas e entendendo quais são as ações assertivas para resolver os problemas.
Esse profissional precisa entender bem sobre a dor do negócio, ter a curiosidade e o interesse para estar próximo da diretoria e entender da empresa tanto quanto os gestores.
É preciso, ainda, ter senso crítico para mudar políticas e trabalhar com foco nas pessoas; olhar para fora e entender que nem tudo se resume à empresa. Esse profissional deve conversar com outros profissionais da área, não como concorrentes, mas como forças que podem se unir para o sucesso das pessoas.
Além disso tudo, acredito que o RH do futuro vai parar de buscar iniciativas prontas e focar na individualidade da empresa.
Como surgiu a sua empresa e como ela tem ajudado os profissionais de RH a melhorar a experiência dos colaboradores?
Kelly: A EBX começou como uma página no Instagram com o objetivo de compartilhar conhecimentos e ajudar o mercado a conhecer mais sobre marca empregadora e employee experience.
Aos poucos fomos vendo que as pessoas queriam saber mais sobre os assuntos de RH e passamos também a abordar aspectos generalistas da profissão.
Quando vimos o crescimento da marca pensamos: Por que não ajudar profissionais de RH a tornar essa experiência com mais sentido e perspectivas de carreira bem sucedidas?
Nosso objetivo é esse: preparar os profissionais de RH para criar ambientes de trabalho mais humanos e seguros psicologicamente, fazendo com que eles se sintam valorizados e cuidados para aperfeiçoar a jornada dos colaboradores.
Queremos mostrar que o papel do RH não é apenas contratar e demitir pessoas, mas ajudar empresas a atingir seus objetivos e transformar vidas.
O que você diria para os profissionais de RH que desejam acelerar suas carreiras?
Kelly: Eu daria duas dicas:
1. Dedique tempo e energia em autoconhecimento
É importante saber onde se quer chegar. Afinal, o RH tem várias áreas de atuação.
Os profissionais precisam saber o que falta para que eles se tornem quem eles desejam ser e, então, agir nesse sentido.
2. Tenha a consciência que o RH é mais que uma área de suporte e apoio
Esse time é uma parte estratégica e fundamental do negócio e que cuida do bem mais precioso de uma empresa: as pessoas. São as pessoas e o RH que fazem as coisas acontecerem.
É preciso saber focar no que importa, uma vez que o profissional se vê em tantas demandas.
Entenda as principais dores do negócio e ofereça estratégias que serão remédio para elas, isso vai fazer com que você seja valorizado e que a empresa sinta que você trouxe valor e impacto.
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Além das dicas da Kelly, queremos deixar uma indicação de curso para aperfeiçoamento de profissionais de RH: a Formação RH 5.0 pocket, da Feedz.
Esse curso é diferente de tudo que você já viu no mercado!
Se você quer se tornar um RH mais analítico, ágil e capaz de fortalecer o Employee Experience e o Employer Branding, esse é o caminho!