Employer branding: Definição, Benefícios e Como Criar Uma Estratégia

Entenda por que contar com um Employer Branding de sucesso é a chave para melhorar a atração e retenção de talentos da sua empresa!

Se você já deu uma boa pesquisada na internet sobre a reputação de uma empresa antes de se candidatar a uma vaga ou aceitar uma proposta de emprego, então já vivenciou na prática o que é o Employer Branding.

Em um mundo conectado e que valoriza, cada vez mais, questões como bem-estar e propósito, entender a importância desse conceito e se dedicar para melhorá-lo constantemente é um fator crucial.

Se você quer entender melhor o que o Employer Branding tem a ver com atração e retenção de pessoas e por que esse é um assunto que não pode sair do seu radar, então vem com a gente! 😉

O que é Employer branding?

O Employer Branding (ou marca empregadora) é um termo usado para se referir, basicamente, à reputação de uma empresa enquanto lugar para se trabalhar.   

Trata-se de um conceito super importante pelo seguinte motivo: quando uma empresa é considerada uma boa empregadora na visão dos colaboradores atuais e do mercado, em geral, ela se transforma em um verdadeiro imã de talentos!

Se você já:

– Ouviu um amigo rasgando elogios para a empresa na qual ele trabalha e imediatamente sentiu vontade de trabalhar lá também;

Ou então:

– Já trabalhou em um lugar super legal, no qual se sentia realmente valorizado, e pensou algo como “não quero sair daqui tão cedo”…

Saiba que esses são os dois principais efeitos que uma boa estratégia de Employer Branding é capaz de proporcionar!

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Qual a importância de ter uma marca empregadora forte?

Como dissemos, a maior vantagem que uma marca empregadora sólida pode proporcionar é a seguinte: ampliar a capacidade de uma empresa em atrair e reter talentos.  

Na prática, isso significa:

  • Redução do turnover;
  • Aumento da produtividade e do engajamento;
  • Vagas abertas por menos tempo;
  • Redução de custos com desligamento e contratação de colaboradores. 

Vale destacar que se, no passado, ter uma Employer Branding consolidada já era visto como uma vantagem competitiva, nos dias de hoje isso se tornou ESSENCIAL.

Primeiro porque nunca foi tão fácil saber mais sobre uma empresa. Basta jogar o nome dela no Google para encontrar inúmeras opiniões de quem já trabalhou ali. 

Aliás, uma pesquisa do Linkedin mostrou que é exatamente isso o que a maioria dos profissionais faz: mais precisamente, cerca de 75% dos candidatos avaliam a presença online da empresa antes de se candidatar a uma vaga.

Em segundo lugar, trabalhar em empresas que se preocupam com questões como saúde mental, flexibilidade, responsabilidade ambiental, impacto social e diversidade, é algo importantíssimo para as gerações mais jovens. 

Sendo assim, ter uma boa marca empregadora também é fundamental na hora de recrutar os Millennials!

 

Quais os principais desafios atrelados ao Employer Branding?

A construção de uma marca empregadora consistente não acontece a partir de uma ação isolada e nem do dia para a noite.

Muito pelo contrário: ela demanda um olhar atento para diferentes aspectos envolvidos na gestão de pessoas, além de um esforço contínuo.

É justamente por isso, inclusive, que a construção de uma boa estratégia de Employer Branding ainda é um desafio para muitas empresas.

Entre as principais dificuldades encontradas pelo RH nessa frente está entender claramente qual é a percepção atual dos colaboradores sobre o que a empresa já oferece e o que ainda precisa ser melhorado.

Outro desafio comum é convencer os gestores da organização a abraçarem a causa.  Afinal, a falta de apoio das lideranças pode fazer com que muitos projetos legais acabem perdendo força ao longo do tempo.

Para empresas que contam com equipes de RH enxutas, os empecilhos podem ser ainda maiores. Afinal, existem inúmeras responsabilidades que estão sob o cuidado do departamento, o que torna praticamente impossível dar conta de tudo sozinho.   

 

Como criar uma estratégia de Employer Branding bem sucedida apesar dos desafios?

Agora que você já sabe o que é Employer Branding e a relevância desse conceito, vamos te mostrar quais estratégias podem ser combinadas para que a sua empresa construa uma marca onde todos querem trabalhar.

 Bora dar uma olhada?

 

1. Estabeleça objetivos para o employer branding

Depois de entender quais os pontos fortes de sua cultura e o que pode ser usado efetivamente em uma estratégia de employer branding, chegou a hora de realmente começar seu desenho. Para focar a abordagem é preciso entender qual o objetivo do negócio ao estipular tais práticas:

  • melhorar a atração de candidatos e o candidate experience
  • melhorar o ambiente de trabalho e reter os colaboradores

É claro que toda estratégia de marca empregadora pode envolver esses dois objetivos, mas é preciso identificar o que é prioritário e traçar um plano datado para isso.

O recomendado é que se comece pelo ambiente interno. Portanto, para as empresas que estão começando a pensar no assunto, o ideal é que o primeiro objetivo seja melhorar o ambiente de trabalho e reter os colaboradores.

Por mais que a empresa já tenha um ambiente positivo, colha feedbacks e faça pesquisas como eNPS para entender quais os pontos que são considerados fortes pelos colaboradores e os pontos de melhoria.

A partir daí já é possível criar o primeiro plano de ação para construção de uma marca empregadora.

Quando a satisfação interna alcançar uma média saudável (lembre-se: não é possível agradar a todos, é preciso chegar perto do 100% mas alcançar esse valor não deve ser a meta), é possível começar a compartilhar tais conquistas e abranger atração de candidatos como objetivo

 

2. Ofereça um bom EVP

Oferecer um Employer Value Proposition (EVP) atraente é uma das melhores formas de fortalecer a sua marca empregadora.

Para quem ainda não conhece esse termo: ele é usado para designar a proposta de valor que as empresas oferecem aos seus colaboradores para que eles se sintam realmente motivados a permanecerem e cresceram com a organização.

Para além de questões mais óbvias, como remuneraçãoe um plano de cargos e salários, um bom EVP também leva em consideração:

  • Políticas bem definidas de promoções e desenvolvimento de carreira;
  • Benefícios interessantes, como plano de saúde, flexibilidade de horário, parcerias com academias, cursos, entre outros; 
  • Práticas de avaliação de performance e feedback como costume da empresa;
  • Ambiente de trabalho autônomo, diverso e equilibrado;
  • Boa relação e comunicação entre times, líderes e liderados;
  • Ações voltadas para o bem-estar físico e emocional dos colaboradores.

Se a sua empresa ainda não possui um EVP estruturado, esse pode ser um bom começo!

Planilha de cargos e salários para editar

 

3. Olhe para toda a jornada dos colaboradores

Já ouviu falar sobre Employee Experience?

Essas duas palavrinhas, que em português significam “experiência do colaborador”, refletem a preocupação que as organizações devem ter com os seus funcionários ao longo de toda a jornada deles ali.

O que o Employee Experience propõe é que os colaboradores, bem como os seus interesses e necessidades, sejam colocados no centro de todas as decisões.

E sim, isso se aplica a toda a jornada do colaborador… O que significa que a oferta de uma boa experiência deve se estender a todas as estratégias do RH, indo da atração, recrutamento e seleção de talentos até o momento do desligamento.

Um colaborador que se sentir valorizado e respeitado ao longo de todas as suas fases na empresa, certamente terá coisas boas para falar sobre ela. 

jornada do colaborador

 

4. Construa um bom clima organizacional

Ninguém merece passar boa parte dos seus dias trabalhando em um local que gera desgaste físico e/ou mental, certo?

Na verdade, esse cenário não é bom nem para o colaborador, que pode até mesmo adoecer, e nem para a empresa, já que geralmente resulta em pedidos de demissão em massa e queda na produtividade.

Para evitar que qualquer uma dessas situações aconteça, é importantíssimo construir um local de trabalho acolhedor e equilibrado, no qual as pessoas gostem de estar.

Um bom clima organizacional é sinônimo de profissionais mais felizes – e profissionais mais felizes se tornam verdadeiros embaixadores dos locais em que trabalham!  

 

5. Saiba o que seus colaboradores estão pensando

Pode apostar: sempre dá para melhorar uma coisinha ou outra na gestão de pessoas. E a melhor forma de saber o que precisa ser aprimorado, é ouvindo o que os colaboradores têm a dizer.

Sendo assim, a construção de um bom Employer Branding também pede por um acompanhamento contínuo da satisfação e do desempenho dos colaboradores.

Aqui, algumas ferramentas podem ser de grande ajuda  para o RH. Esse é o caso das avaliações de desempenho, feedbacks contínuos e pesquisas de clima!

 

6. Tenha uma cultura forte

Antes de mais nada, para poder atrair e reter novos colaboradores a empresa precisa ter missão e valores sólidos. Só assim as pessoas que chegarem até ela poderão encontrar propósito e criar uma conexão.

Imagine a seguinte situação: um negócio diz no processo de seleção que em seus valores está o reconhecimento mas durante sua jornada na empresa o profissional só recebe feedback uma vez ao ano.

É fácil que o colaborador se sinta enganado e desmotivado, procurando outro lugar para atuar. 

O discurso precisa refletir o que na prática já é um pilar dentro do negócio. Portanto, antes de pensar em objetivo e estratégias de employer branding, olhe para a cultura do negócio e se faça as seguintes perguntas:

  • Ela é bem estabelecida?
  • Quais seus principais pilares?
  • Quais as ações hoje que fazem esses pilares serem materializados na prática?

 

A partir daí é possível ter uma base de desenvolvimento para a marca empregadora. Todo discurso e práticas devem condizer com a cultura organizacional do negócio.

Se, por exemplo, a empresa quiser usar flexibilidade como um pilar do seu negócio para estratégia de marca empregadora, é preciso que os gestores estejam preparados para não fazer microgerenciamento, que o sistema de ponto possa suportar jornadas com mais de duas paradas por dia, que os softwares de gestão de tarefas sejam integrados e atualizados para que profissionais que atuem em diferentes horários consigam acompanhar o desenvolvimento da mesma atividade, enfim, que toda a infraestrutura para comportar esse pilar esteja preparada.

Resumindo: é preciso que o discurso seja reflexo da realidade.

 

7. Engaje os colaboradores

Um ambiente de trabalho saudável é sinônimo de colaboradores engajados. Quando os profissionais se sentem à vontade para propor ideias, dar feedbacks, desenvolver um plano de desenvolvimento individual (PDI) e serem sinceros com seus colegas e gestores, por exemplo, quer dizer que a empresa dá condições e abre espaço para isso.

Organizações com foco em employer branding precisam entender que a relação de troca entre negócio e colaborador vai além de um salário em troca da execução de uma atividade, o profissional oferece seu tempo e conhecimento para a instituição, enquanto espera em troca poder ter qualidade de vida, tempo para a vida pessoal e reconhecimento — por isso modelos de gestão tradicionais não funcionam mais para engajar.

Profissionais engajados irão trabalhar com mais afinco para o cumprimento dos objetivos do negócio e recomendar a empresa como um bom lugar para se atuar, contribuindo para o reconhecimento da marca como empregadora.

Para que isso aconteça, no entanto, não basta ter espaços de descompressão, ser pet-friendly e ter comida à vontade na copa, como muitas empresas de tecnologia fazem. É preciso, entre outras coisas:

  • estimular uma gestão que facilite o trabalho e não tenha um papel autoritário;
  • oferecer flexibilidade de horários e autogerenciamento do tempo;
  • criar oportunidade de desenvolvimento para o cumprimento dos desafios;
  • ter uma cultura de feedback;
  • incentivar o trabalho em equipe;
  • valorizar o reconhecimento.

 

 

8. Divulgue as ações de employer branding

Tendo uma cultura forte, profissionais engajados e sabendo qual o objetivo principal das ações de employer branding, chega a hora da divulgação.

Muitas empresas seguem o caminho contrário e divulgam tais benefícios antes de ser uma marca empregadora consolidada, o que acaba frustrando os colaboradores e pode até manchar o nome da marca.

Por isso, a divulgação deve ser feita apenas depois desse processo completo. Os meios mais comuns de mostrar para o mercado a solidez de uma marca empregadora, são:

  • ter um bom posicionamento no LinkedIn;
  • criação de página institucional no Instagram;
  • ter uma assessoria de imprensa dedicada;
  • fazer marketing digital focado em employer branding.

 

9. Mensure os resultados

Por fim, é importante sempre mensurar os itens anteriores para ter certeza de que a empresa está no caminho certo e mudar de rumo, se for o caso, antes que algum problema se mostre sério. 

Para medir a eficiência da cultura é possível fazer as pesquisas do RH, como as pesquisas de clima organizacional e pesquisas de pulso, assim o RH percebe dos colaboradores a aplicação prática da cultura e consegue medir o clima do escritório, entendendo em quais campos precisa atuar com mais atenção.

Os objetivos da marca empregadora podem ser estipulados a partir de feedbacks de colaboradores, candidatos e até mesmo profissionais que já se desligaram da empresa.

Já para medir engajamento, eNPS e avaliação 360 graus funcionam para dar uma percepção geral sobre a motivação dos colaboradores sob suas próprias perspectivas e sobre o olhar de seus pares.

Esperamos que essas dicas sejam um ponto de partida para que você construa um Employer Branding cada vez mais forte por aí. 😊

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