A busca por se tornar uma empresa ESG tem crescido bastante nos últimos anos. Tanto que, segundo um estudo da Infosys, os investimentos nessa área devem alcançar o marco de US$ 53 trilhões até 2025.
Por trás deste movimento, está uma certeza: em meio à cobrança crescente dos investidores, clientes e colaboradores, investir em práticas mais responsáveis deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade.
Se a sua organização também compartilha dessa crença, então é hora de descobrir o que ela pode fazer para avançar nas questões ambientais, sociais e de governança. Vamos nessa?
O que é uma empresa ESG?
A sigla ESG significa “Environmental, Social, and Governance“, que em português é traduzida como “Ambiental, Social e Governança”.
Sendo assim, podemos dizer que uma empresa ESG nada mais é do que uma organização que adota as melhores práticas nessas três frentes, buscando se tornar mais sustentável, socialmente consciente e bem gerenciada.
De modo geral, essas empresas estão comprometidas em operar de maneira que não vise somente o lucro, mas também considere os impactos de suas atividades no meio ambiente, na sociedade e na maneira como são governadas.
Quais são os pilares do ESG?
Como acabamos de ver, o ESG é formado por três pilares. Para te ajudar a entendê-los ainda melhor, vamos detalhar o que cada um deles representa:
1. Ambiental
O pilar ambiental diz respeito às práticas que as empresas adotam para minimizar os impactos negativos que suas atividades podem ter no meio ambiente.
Elas incluem, por exemplo, a gestão de resíduos, a redução de emissões de gases de efeito estufa, o uso de energias renováveis e a promoção da reciclagem.
2. Social
No pilar social, estão as práticas que possibilitam a construção de relações mais autênticas e positivas com as pessoas e com a sociedade. Aqui, estão incluídas questões, como:
- Boas práticas de gestão de equipe;
- Respeito aos direitos dos trabalhadores;
- Promoção do bem-estar no trabalho;
- Construção de equipes diversas e inclusivas;
- Engajamento comunitário;
- Relacionamento com clientes e fornecedores.
3. Governança
Por último, temos o pilar que se refere às práticas de gestão e administração da empresa.
Nele, entram em cena a transparência e ética nos negócios, políticas de compliance, prevenção de corrupção e a maneira como a empresa lida com os interesses dos stakeholders.
Outro aspecto contemplado pelo pilar de Governança é a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Por que é importante as empresas investirem em ESG?
Lembra quando falamos que investir em ESG não é mais uma opção, mas sim uma necessidade?
Bom, a razão é simples: empresas que demonstram um sólido compromisso com esses três pilares – Ambiental, Social e de Governança – se tornam muito mais competitivas.
Em primeiro lugar, boa parte dos investidores estão priorizando as organizações que seguem os princípios ESG, por acreditarem que elas tendem a ser mais resilientes e a ter um melhor desempenho a longo prazo.
E não é por acaso. Os últimos anos confirmaram que as empresas que investem nesta frente de fato fortalecem a sua reputação no mercado, aumentando tanto a lealdade dos clientes atuais quanto atraindo novos consumidores.
Em paralelo a isso, empresas que adotam práticas ambientais, sociais e de governança tendem a ter funcionários mais engajados e satisfeitos, o que costuma ser sinônimo de retenção e produtividade no trabalho.
Para complementar a lista de vantagens, seguir os princípios ESG também é uma forma de cumprir com as diversas regulamentações e leis que existem sobre o assunto, evitando multas e penalidades.
7 dicas para se tornar uma empresa ESG
Agora que sabemos como investir em ESG pode beneficiar as organizações, as pessoas e o planeta, é hora de descobrir como se tornar uma empresa ESG.
Aqui estão alguns passos que não podem faltar:
1. Entenda o conceito ESG
Como vimos até aqui, o conceito de ESG envolve muitos aspectos. Portanto, o primeiro passo é compreender cada um deles em profundidade.
Foque em entender como os três pilares ESG se aplicam ao seu setor e quais práticas são recomendadas.
2. Analise o impacto atual da empresa
Após a etapa de estudo e pesquisa, a próxima fase é avaliar detalhadamente o impacto atual das suas operações em cada uma das áreas ESG.
Busque compreender, sobretudo, onde sua empresa pode melhorar e quais áreas são mais relevantes para o seu negócio. A implementação de práticas ESG é um processo gradual e contínuo, portanto, é importante saber estabelecer prioridades.
3. Estabeleça metas e objetivos claros
Já sabe quais frentes serão priorizadas em um primeiro momento? Ótimo! Então, agora, sua missão é definir metas específicas e mensuráveis para melhorar em cada uma delas.
Lembre-se de que boas metas devem ser realistas e alcançáveis, mas também desafiadoras o suficiente para impulsionar mudanças significativas.
4. Faça o ESG ser parte da estratégia da empresa
Para que as iniciativas não sejam apenas ações isoladas, mas sim parte do plano de negócios, é muito importante integrá-las à estratégia geral da empresa.
Em outras palavras, é fundamental incluir as metas ESG nos planos de longo prazo da organização, assegurando o alinhamento delas com os objetivos macros da companhia.
5. Eduque e engaje os colaboradores
O sucesso de qualquer iniciativa depende da participação ativa dos colaboradores. Por isso, é essencial desenvolver um plano de treinamento que eduque a equipe sobre a importância dos pilares ESG e as novas práticas que serão implementadas.
6. Invista em comunidades locais
O fortalecimento da relação da empresa com o seu entorno é uma prática de responsabilidade social que não pode ser desconsiderada.
Firmar parcerias com organizações locais, patrocinar eventos comunitários ou promover iniciativas de voluntariado são ótimas maneiras de contribuir positivamente para a comunidade.
7. Implemente práticas sustentáveis
Por muito tempo, ESG foi associado principalmente a práticas ambientais sustentáveis. Portanto, esse é um aspecto que não podemos deixar de destacar.
As iniciativas nessa área devem abranger todos os setores da empresa, incluindo desde a otimização do consumo de energia e água até a adoção de tecnologias que reduzam a quantidade de papéis impressos (como, por exemplo, a assinatura digital).
Exemplos de empresas ESG para você se inspirar
Ter exemplos inspiradores pode tornar sua jornada rumo à responsabilidade social, ambiental e de governança muito mais leve. Por isso, separamos algumas empresas ESG que “andaram para que muitas outras pudessem correr”.
Dê só uma olhada:
Natura
Não é de hoje que a Natura é referência em atuação sustentável. Além de desenvolver produtos veganos, sem testes em animais, a empresa já investiu mais de US$ 400 milhões na conservação da Floresta Amazônica.
Ambev
A fabricante de bebidas Ambev também está entre as empresas que demonstram um compromisso contínuo com as práticas ESG.
Atualmente, 98% da eletricidade consumida pela organização vêm de fontes renováveis. Além disso, 13 das suas instalações já são neutras em emissão de carbono.
Banco do Brasil
Recentemente, o Banco do Brasil se comprometeu publicamente a aumentar seus investimentos em negócios sustentáveis, visando atingir R$ 320 bilhões até o final de 2030 em negócios sustentáveis de alta adicionalidade social ou ambiental.
TOTVS
A TOTVS é outro excelente exemplo de empresa que pensa e promove o ESG em seu dia a dia.
Para se ter uma ideia, ela conta com 98% da energia proveniente de fontes renováveis na sede, data center e na unidade de Joinville. Além de manter o Instituto da Oportunidade Social, que já formou mais 43 mil alunos e apoiou a empregabilidade de mais de 36 mil.
Outro ponto notável é que a TOTVS é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto pela Ética Contra a Corrupção do Instituto ETHOS desde 2014.
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E aí, pronto para se tornar uma empresa ESG assim como as organizações acima? Esperamos que sim! 😀
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