A atenção deve ser conquistada em instantes. Mais precisamente, em questão de segundos. É partindo dessa ideia que o microlearning vem ganhando cada vez mais espaço no mercado.
O nome pode parecer um pouco estranho, mas já para adiantar a você, refere-se a uma metodologia de aprendizado. Seu foco é o de conseguir fazer com que a pessoa não desvie a atenção e se concentre no conteúdo em sua frente.
Considerando que nossa capacidade de atenção está diminuindo (para 47 segundos), e que nem sempre temos horas para disponibilizar aos estudos, o surgimento do microlearning faz todo o sentido.
Mas o que ele significa e quais são suas diferenças para outros métodos de aprendizado? Encontre as respostas neste artigo.
O que é microlearning?
Microlearning é uma palavra da língua inglesa que traduzida significa micro aprendizado. É, portanto, uma abordagem de aprendizado, a qual trabalha com a ideia de que uma pessoa aprende melhor em pequenos blocos.
Em outras palavras, são doses de conhecimento transmitidas em pequenas partes e com uma duração reduzida.
Normalmente, as sessões de microlearning duram menos de dez minutos, sendo que podem levar apenas 30 segundos para serem concluídas.
Para isso, as aulas são objetivas e focadas em entregar uma única informação. Dessa maneira, o aprofundamento do assunto ocorre de forma contínua e gradativa.
Os cursos que adotam essa abordagem podem ser transmitidos de várias maneiras, como:
- Vídeos;
- Quiz;
- Texto;
- Imagens;
- Áudios;
- Gamificação;
- Etc.
Para as empresas, a técnica tem se mostrado muito valiosa em treinamentos, especialmente considerando que, com a rotina, é muito difícil um colaborador ter tempo e dedicar horas em capacitação.
Qual a diferença entre E-learning, B-learning, Pílulas do Conhecimento e Microlearning?
Além do microlearning, existem outros termos também ligados à aprendizagem. Abaixo falamos sobre cada um deles para ajudar você a entender a diferença entre os métodos.
E-learning
Abreviação de electronic learning, que em português quer dizer aprendizado eletrônico. É um modelo de aprendizado no qual utiliza-se uma plataforma virtual que conecta professores e alunos.
Cursos EAD são um ótimo exemplo de e-learning.
B-learning
B-learning vem de Blended Learning e significa aprendizado híbrido. É quando há a mistura de ensino presencial e ensino a distância.
Para exemplificar, imagine levar para sua empresa uma estratégia de microlearning por meio do e-learning, e complementar com uma palestra ou treinamento presencial.
Pílulas de conhecimento
Assim como o micro aprendizado, as pílulas de conhecimento são conteúdos apresentados em pequenas doses. A diferença é que elas não se conectam, isto é, cada pílula apresenta um aprendizado diferente, pois os assuntos não estão interligados.
Microlearning
O microlearning é a abordagem que apresenta conhecimento distribuído em conteúdos curtos, sendo que um depende do outro. Sendo assim, observe que neste método a pessoa aprende gradativamente.
Quando utilizar o Microlearning?
O modelo pode ser utilizado em diversas situações. Dê só uma olhada:
Escolas
O microlearning pode vir como um apoio ao conteúdo apresentado em sala de aula (seja presencial ou virtual). É possível usá-lo para introduzir um tema, para complementar o que foi abordado ou dar uma sequência ao assunto ensinado.
Empresas
O microlearning na educação corporativa pode se encaixar perfeitamente na rotina dos colaboradores.
Ao invés de terem que encontrar espaço na agenda para fazer um treinamento ou uma capacitação, os funcionários aproveitam um pequeno intervalo para aprender. Isso sem impactar negativamente na vida pessoal ou profissional.
Cotidiano
Quem utiliza as redes sociais muito provavelmente já viu exemplos de microlearning. Hoje em dia, muitas marcas se apoiam na abordagem para explicar um tema relevante ao público-alvo.
Quais são os pilares do Microlearning?
Conseguir manter a atenção é difícil. A isso, somamos o fato de que o tempo é cada vez mais escasso.
Embora a maioria dos profissionais saiba a importância de se qualificar, muitas vezes essas pessoas não encontram tempo ou, quando têm uma brecha na rotina, não conseguem se focar.
O microlearning, como você conseguiu entender até aqui, é a resposta para essa demanda. Contudo, para que o conteúdo apresentado na sua empresa cumpra com seus objetivos, ele pode se basear em um destes dois pilares:
1. Conteúdos de Contextualização
É um modo de apresentar algum tema para os colaboradores, mas de uma maneira mais geral. Para ilustrar, pense no processo de onboarding.
Supondo que sua empresa utilize algum software para acompanhar o desenvolvimento e progresso nas tarefas de cada colaborador, é possível criar um conteúdo rápido apresentando como acessar o sistema e onde encontrar as informações desejadas.
Isso pode ser feito com um vídeo de poucos minutos, que mostre apenas como entrar na ferramenta e navegar por ela.
2. Conteúdos de Conexão
São conteúdos que servem para inserir um grupo de profissionais (ou a empresa toda) em um tema específico. Ou melhor: para garantir que todos tenham os mesmos conhecimentos e possam se sentir mais conectados.
Alguns exemplos são criação de conteúdos sobre tendências de mercado, termos utilizados na área, novas tecnologias, processos colocados em prática etc.
Como fazer Microlearning?
Implementar o microlearning na sua empresa requer planejamento e um processo estruturado. Tudo começa com a escolha do assunto que será abordado no treinamento.
Após o tema ter sido definido, é hora de colocar a mão na massa. Elencamos quatro itens que consideramos importantes na preparação da estratégia:
Dividir os conteúdos em pequenas partes
Lembre-se que o microlearning acontece em módulos curtos. A duração depende do assunto abordado, pois sabemos que dependendo do caso será exigido um tempo maior.
No entanto, ao adotar a abordagem, procure seguir com conteúdos o mais curto possível. Se por exemplo o assunto for alguma mudança na legislação, tente focar em uma ou no máximo duas mudanças por vez.
Adotar uma ferramenta online
A ferramenta utilizada dependerá muito da temática e do formato que a informação será transmitida.
Como o microlearning acontece no ambiente online, a fim de manter tudo mais organizado, o ideal é escolher uma plataforma de aprendizado.
Apresentar em formatos de conteúdos diferentes
Existem pessoas que são mais visuais, outras que preferem textos e aquelas que gostam mais de ouvir. Por isso, é importante diversificar o formato em que os conteúdos são apresentados.
Isso também é uma maneira de tornar o aprendizado mais leve e atraente para todos.
Gamificar
Gamificar significa utilizar a mecânica de jogos para facilitar a assimilação do conteúdo. A técnica é muito difundida em treinamentos corporativos e para a fidelização de colaboradores.
No microlearning, pode-se dar recompensas ao completar um módulo ou responder a um questionário, desbloquear uma lição apenas após uma determinada tarefa ter sido completada, entre outras ideias.
Tenha em mente que o objetivo da gamificação está em engajar as pessoas e motivá-las a aprenderem. Por conta dessa característica, ela tende a ter um impacto positivo na produtividade dos funcionários.
👉 Índice de produtividade: 5 exemplos e como calcular
Maior vantagem do microlearning
A maior vantagem do microlearning é superar drasticamente a quantidade de tempo que uma pessoa precisa para absorver um conteúdo. Isso é algo que contribui para que as pessoas permaneçam concentradas e engajadas do início ao fim do aprendizado.
Nas empresas essa estratégia costuma ser muito bem vista pelos colaboradores, que recebem a informação de forma rápida e objetiva. Além disso, as lições podem assumir diferentes formatos, o que torna tudo mais atraente.
E agora que você entendeu bem o que é microlearning e como aplicá-lo, que tal adotar a abordagem na sua empresa? Deixe um comentário e conte para nós o que você acha deste método de ensino. Ficaremos felizes em saber sua opinião.